Sutra de Yama - Devaduta Autta
Inferno BudistaTraduzido do Pali para o inglês originalmente por Bhikkhu Nanamoli, editado e revisado por Bhikkhu Boddhi. Somente para distribuição gratuita como um presente do Dhamma
1. Assim ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Savatthi no Bosque de Jeta, no Parque de Anathapindika. Lá ele se dirigiu aos monges desta forma: “Bhikkhus” – “Venerável Senhor,” eles responderam. O Abençoado disse o seguinte:
2. “Bhikkhus, suponham que houvesse duas casas com portas e um homem com boa visão parado entre elas visse as pessoas entrando nas casas e saindo, indo e vindo. Da mesma forma, por meio do olho divino, que é purificado e sobrepuja o humano, eu vi seres falecendo e renascendo, inferiores e superiores, bonitos e feios, afortunados e desafortunados. Eu compreendi como os seres prosseguem de acordo com as suas ações desta forma: ‘Esses seres – que eram dotados de boa conduta com o corpo, linguagem e mente, que não insultaram os nobres, com o entendimento correto e que realizaram ações sob a influência do entendimento correto – com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram num bom destino, no paraíso. Ou esses seres – que eram dotados de boa conduta com o corpo, linguagem e mente, que não insultaram os nobres, com o entendimento correto e que realizaram ações sob a influência do entendimento correto – com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram entre os seres humanos. Mas esses seres – que eram dotados de má conduta com o corpo, linguagem e mente, que insultaram os nobres, com o entendimento incorreto e que realizaram ações sob a influência do entendimento incorreto – com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram no reino dos fantasmas. Ou esses seres – que eram dotados de má conduta ... com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram no mundo animal. Ou esses seres – que eram dotados de má conduta ... com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram num estado de privação, num destino infeliz, nos reinos inferiores, até mesmo no inferno.’
3. Agora os guardiões do inferno agarram esse ser pelos braços e o apresentam ao Rei Yama [1], dizendo: ‘Senhor, este homem maltratou a mãe dele, maltratou o pai dele, maltratou contemplativos, maltratou brâmanes; ele não demonstrou respeito pelos anciões do seu clã. Que o rei ordene o seu castigo.’
4. “Então o Rei Yama o pressiona, questiona e examina com relação ao primeiro mensageiro divino: ‘Bom homem, você não viu o primeiro mensageiro divino aparecer no mundo?’ [2] Ele diz: ‘Eu não vi, venerável senhor.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, você nunca viu no mundo um jovem tenro bebê deitado de costas, emporcalhado com o próprio excremento e urina?’ Ele diz: ‘Eu vi, venerável senhor.’
“Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, nunca lhe ocorreu, um homem inteligente e maduro, que: “Eu também estou sujeito ao nascimento, eu não estou livre do nascimento: sem dúvida, será melhor que eu faça o bem através do corpo, linguagem e mente”?’ Ele diz: ‘Eu fui incapaz, venerável senhor, eu fui negligente.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, devido à negligência você não fez o bem através do corpo, linguagem e mente. Com certeza, eles irão tratá-lo de acordo com a sua negligência. Mas essa sua ação ruim não foi cometida pela sua mãe ou seu pai, ou seu irmão, ou sua irmã, ou pelos seus amigos e companheiros, ou pelos seus pares e parentes, ou pelos contemplativos e brâmanes, ou pelos deuses: essa ação ruim foi cometida por você mesmo, e você mesmo experimentará o resultado dela.’
5. “Então, depois de pressioná-lo, questioná-lo e examiná-lo com relação ao primeiro mensageiro divino, o Rei Yama o pressiona, questiona e examina com relação ao segundo mensageiro divino: ‘Bom homem, você não viu o segundo mensageiro divino aparecer no mundo?’ Ele diz: ‘Eu não vi, venerável senhor.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, você nunca viu no mundo um homem ou uma mulher com oitenta, noventa ou cem anos, envelhecido, curvado como o suporte de um telhado, apoiando-se sobre uma bengala, cambaleante, frágil, a juventude perdida, os dentes quebrados, o cabelo grisalho, pouco cabelo, careca, enrugado, com os membros todos manchados?’ Ele diz: ‘Eu vi, venerável senhor.’
“Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, nunca lhe ocorreu, um homem inteligente e maduro, que: “Eu também estou sujeito ao envelhecimento, eu não estou livre do envelhecimento: sem dúvida, será melhor que eu faça o bem através do corpo, linguagem e mente”?’ Ele diz: ‘Eu fui incapaz, venerável senhor, eu fui negligente.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, devido à negligência você não fez o bem através do corpo, linguagem e mente. Com certeza, eles irão tratá-lo de acordo com a sua negligência. Mas essa sua ação ruim não foi cometida pela sua mãe ... ou pelos deuses: essa ação ruim foi cometida por você mesmo, e você mesmo experimentará o resultado dela.’
6. “Então, depois de pressioná-lo, questioná-lo e examiná-lo com relação ao segundo mensageiro divino, o Rei Yama o pressiona, questiona e examina com relação ao terceiro mensageiro divino: ‘Bom homem, você não viu o terceiro mensageiro divino aparecer no mundo?’ Ele diz: ‘Eu não vi, venerável senhor.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, você nunca viu no mundo um homem, ou uma mulher, aflito, sofrendo e gravemente enfermo, deitado emporcalhado no seu próprio excremento e urina, erguido por uns e deitado por outros?’ Ele diz: ‘Eu vi, venerável senhor.’
“Então, o Rei Yama diz: ‘Bom homem, nunca lhe ocorreu, um homem inteligente e maduro, que: “Eu também estou sujeito à enfermidade, eu não estou livre da enfermidade: sem dúvida, será melhor que eu faça o bem através do corpo, linguagem e mente”?’ Ele diz: ‘Eu fui incapaz, venerável senhor, eu fui negligente.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, devido à negligência você não fez o bem através do corpo, linguagem e mente. Com certeza, eles irão tratá-lo de acordo com a sua negligência. Mas essa sua ação ruim não foi cometida pela sua mãe ... ou pelos deuses: essa ação ruim foi cometida por você mesmo, e você mesmo irá experimentar o resultado dela.’
7. “Então, depois de pressioná-lo, questioná-lo e examiná-lo com relação ao terceiro mensageiro divino, o Rei Yama o pressiona, questiona e examina com relação ao quarto mensageiro divino: ‘Bom homem, você não viu o quarto mensageiro divino aparecer no mundo?’ Ele diz: ‘Eu não vi, venerável senhor.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, você nunca viu no mundo, quando o acusado de um roubo é preso, os reis infligem-no de diversos tipos de tortura: açoitando-o com chicotes ... (Igual ao MN 129.4) ... e decapitam-no com uma espada?’ Ele diz: ‘Eu vi, venerável senhor.’
“Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, nunca lhe ocorreu, um homem inteligente e maduro, que: “Aqueles que praticam ações ruins estão sujeitos a vários tipos de tortura aqui e agora; então o que acontecerá depois da morte? Sem dúvida, será melhor que eu faça o bem através do corpo, linguagem e mente”?’ Ele diz: ‘Eu fui incapaz, venerável senhor, eu fui negligente.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, devido à negligência você não fez o bem através do corpo, linguagem e mente. Com certeza, eles irão tratá-lo de acordo com a sua negligência. Mas essa sua ação ruim não foi cometida pela sua mãe ... ou pelos deuses: essa ação ruim foi cometida por você mesmo, e você mesmo experimentará o resultado dela.’
8. “Então depois de pressioná-lo, questioná-lo e examiná-lo com relação ao quarto mensageiro divino, o Rei Yama o pressiona, questiona e examina com relação ao quinto mensageiro divino: ‘Bom homem, você não viu o quinto mensageiro divino aparecer no mundo?’ Ele diz: ‘Eu não vi, venerável senhor.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, você nunca viu no mundo um homem, ou uma mulher, morto faz um dia, dois dias, três dias, inchado, lívido, ressumando matéria?’ Ele diz: ‘Eu vi, venerável senhor.’
“Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, nunca lhe ocorreu, um homem inteligente e maduro, que: “Eu também estou sujeito à morte, eu não estou livre da morte: com certeza será melhor que eu faça o bem através do corpo, linguagem e mente”?’ Ele diz: ‘Eu fui incapaz, venerável senhor, eu fui negligente.’ Então o Rei Yama diz: ‘Bom homem, devido à negligência você não fez o bem através do corpo, linguagem e mente. Com certeza, eles irão tratá-lo de acordo com a sua negligência. Mas essa sua ação ruim não foi cometida pela sua mãe ... ou pelos deuses: essa ação ruim foi cometida por você mesmo, e você mesmo experimentará o resultado dela.’
9. “Então depois de pressioná-lo, questioná-lo e examiná-lo com relação ao quinto mensageiro divino, o Rei Yama ficou em silêncio.
10. “Agora, os guardiões do inferno torturam-no com os cinco espetos. [3] Eles atravessam a mão dele com um espeto incandescente, atravessam a outra mão com um espeto incandescente, atravessam um pé com um espeto incandescente, atravessam o outro pé com um espeto incandescente, atravessam a barriga com um espeto incandescente. Assim, ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
11. “Em seguida, os guardiões do inferno arremessam-no ao solo e cortam-no em pedaços com machados. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
12. “Em seguida, os guardiões do inferno colocam-no com os pés para cima e a cabeça para baixo e cortam-no com enxós. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
13. “Em seguida, os guardiões do inferno arreiam-no a uma carruagem e conduzem-no para cá e para lá pelo chão esbraseado, em chamas e ardente. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
14. “Em seguida, os guardiões do inferno fazem com que ele suba e desça um grande amontoado de carvão em brasa, em chamas e ardente. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado
15. “Em seguida, os guardiões do inferno o mergulham com os pés para cima e a cabeça para baixo num caldeirão com metal fervendo, queimando, em chamas e ardente. Ele é cozido num redemoinho de vapor. E enquanto ele é ali cozido num redemoinho de vapor, ele é movido ora para cima, ora para baixo e ora para o lado. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
16. “Em seguida os guardiões do inferno o arremessam no Grande Inferno. Agora, quanto ao Grande Inferno, bhikkhus:
Possui quatro cantos e está construído
Com quatro portas, uma de cada lado,
Cercado por paredes de ferro em todos os lados
E cerrado com um teto de ferro.
O piso também é feito de ferro
E aquecido até que brilhe como o fogo.
A extensão é um total de cem léguas
Que está envolta de forma completa.
17. “Agora, as chamas que surgem da parede do leste do Grande Inferno são lançadas contra a parede do oeste. As chamas que surgem da parede do oeste do Grande Inferno são lançadas contra a parede do leste. As chamas que surgem da parede do norte do Grande Inferno são lançadas contra a parede do sul. As chamas que surgem da parede do sul do Grande Inferno são lançadas contra a parede do norte. As chamas que surgem do piso do Grande Inferno são lançadas contra o teto. E as chamas que surgem do teto do Grande Inferno são lançadas contra o piso. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
18. “Em algum momento, bhikkhus, depois de passado um longo período, há uma ocasião em que a porta do leste do Grande inferno é aberta. Ele corre para lá com rapidez. Ao correr a sua pele externa arde, a sua pele interna arde, a sua carne arde, os seus tendões ardem, os seus ossos se convertem em fumaça; e o mesmo ocorre ao levantar o pé. Quando por fim ele alcança a porta, esta é fechada. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
“Em algum momento, bhikkhus, depois de passado um longo período, há uma ocasião em que a porta do oeste do Grande inferno é aberta ... a porta do norte ... a porta do sul do Grande inferno é aberta. Ele corre para lá com rapidez ... Quando por fim ele alcança a porta, esta é fechada. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
19. “Em algum momento, bhikkhus, depois de passado um longo período, há uma ocasião em que a porta do leste do Grande inferno é aberta. Ele corre para lá com rapidez. Ao correr a sua pele externa arde, a sua pele interna arde, a sua carne arde, os seus tendões ardem, os seus ossos se convertem em fumaça; e o mesmo ocorre ao levantar o pé. Ele sai por aquela porta.
20. “Em seguida ao Grande Inferno encontra-se o imenso Inferno de Excrementos. Ele cai naquilo. Nesse Inferno de Excrementos, criaturas com os dentes como agulhas perfuram a sua pele externa e perfuram a sua pele interna, perfuram a sua carne e perfuram os seus tendões, perfuram os seus ossos e devoram a sua medula. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
21. “Em seguida ao Inferno de Excrementos encontra-se o imenso Inferno de Brasas Incandescentes. Ele cai naquilo. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
22. “Em seguida ao Inferno de Brasas encontra-se a imensa floresta de árvores Simbali, uma légua em altura, cobertas com espinhos com o tamanho equivalente a dezesseis dedos, queimando, ardendo, inflamando e brilhando. Eles fazem com que ele suba e desça nessas árvores. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
23. “Em seguida à floresta de árvores Simbali encontra-se a imensa floresta de árvores com folhas espada. Ele vai para lá. As folhas, agitadas pelo vento, cortam as suas mãos e cortam os seus pés e elas cortam as suas mãos e pés; elas cortam as suas orelhas e cortam o seu nariz e cortam as suas orelhas e nariz. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
24. “Em seguida à floresta de árvores com folhas espada encontra-se um grande rio com água cáustica. Ele cai naquilo. Lá ele é arrastado correnteza acima e ele é arrastado correnteza abaixo e ele é arrastado correnteza acima e abaixo. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
25. “Em seguida os guardiões do inferno o agarram com um gancho, e colocando-o sobre o solo, perguntam: ‘Bom homem, o que você quer?’ Ele diz: ‘Eu tenho fome, veneráveis senhores.’ Então os guardiões do inferno abrem a boca dele com tenazes incandescentes, queimando, ardendo e brilhando, e arremessam na sua boca uma bola de metal incandescente, queimando, ardendo e brilhando. Ela queima os seus lábios, queima a sua boca, queima a sua garganta, queima o seu estomago e é expelida por baixo arrastando consigo o intestino delgado e o grosso. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado.
26. “Em seguida os guardiões do inferno perguntam: ‘Bom homem, o que você quer?’ Ele diz: ‘Eu tenho sede, veneráveis senhores.’ Então os guardiões do inferno abrem a boca dele com tenazes incandescentes, queimando, ardendo e brilhando, e despejam na sua boca cobre derretido incandescente, queimando, ardendo e brilhando. Este queima os seus lábios, queima a sua boca, queima a sua garganta, queima o seu estomago e é expelido por baixo arrastando consigo o intestino delgado e o grosso. Assim ele sente sensações dolorosas, torturantes e penetrantes. No entanto, ele não morre enquanto aquela ação ruim não tiver esgotado o seu resultado..
27. “Então, os guardiões do inferno o arremessam de novo no Grande Inferno.
28. “Já aconteceu do Rei Yama pensar: ‘Aqueles no mundo que praticam ações ruins e prejudiciais de fato sofrem esses vários tipos de tortura. Ah! Que eu possa alcançar o estado humano, que um Tathagata, digno e perfeitamente iluminado, possa aparecer no mundo, que eu possa servir ao Abençoado, que o Abençoado me ensine o Dhamma e que eu possa compreender o Dhamma do Abençoado!’
29. “Bhikkhus, eu lhes digo isso não como algo que ouvi de algum outro contemplativo ou brâmane. Eu digo isso como algo que na verdade eu compreendi, vi e descobri por mim mesmo.”
30. Isso foi o que o Abençoado disse. Quando o Sublime disso isso, o Mestre disse mais:
“Embora alertados pelos mensageiros divinos,
Muitos são negligentes,
E as pessoas de fato sofrerão por muito tempo
Uma vez que tenham ido para o mundo inferior.
Mas quando através dos mensageiros divinos
As boas pessoas aqui nesta vida são advertidas,
Elas não permanecem na ignorância
Mas praticam bem o nobre Dhamma.
O apego elas vêm com temor
Pois este produz o nascimento e a morte;
E através do não apego elas são libertadas
Com a destruição do nascimento e morte.
Elas permanecem com a felicidade pois estão seguras
E alcançam Nibbana aqui e agora.
Elas superam todo o temor e a raiva;
Elas evadem todo o sofrimento.”
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Abreviações:
MA Majjhima Nikaya Atthakatha
MT Majjhima Nikaya Tika
Notas:
[1] Yama é o deus da morte. MA diz que ele é o rei dos espíritos e que possui uma mansão celestial. Algumas vezes, ele vive nessa mansão celestial desfrutando dos prazeres divinos, em outras, ele experimenta os frutos de kamma; ele é um rei justo. MA adiciona que na verdade existem quatro Yamas, um em cada um dos quatro portões (do inferno?).
[2] De acordo com a tradição Budista, três mensageiros divinos – um velho, um enfermo e um cadáver – apareceram para o Bodisatva enquanto ele vivia como príncipe, destruindo o seu encantamento com a vida mundana e despertando nele o desejo de buscar um caminho para a libertação do sofrimento.
[3] A descrição que segue do inferno, até o verso 16, também pode ser encontrada no MN 129.10-16.